TREINADOR DO C.D. COVA DA PIEDADE, FUTEBOL-SAD

Joao Alves disse a sua opiniao nas redes sociais do clube.



JOÃO ALVES
TREINADOR DO C.D. COVA DA PIEDADE, FUTEBOL-SAD
O que acha desta decisão da Liga de Clubes, em que descem duas equipas quando o campeonato foi cancelado?
- É uma das maiores vergonhas do futebol português, e quem tomou a decisão ficará para sempre ligado a uma das mais negras e vergonhosas páginas do futebol em Portugal.
Qual o sentimento que o invade neste momento, poucas horas depois de ser conhecida a decisão?
- O sentimento de revolta. Não nos deixaram concluir o trabalho que iniciámos em Janeiro e, agora, dão-nos esta facada pelas costas. Acho correcto o Nacional e o Farense subirem. Mas onde é que está o demérito de quem desce? Faltavam 10 jornadas para o final do campeonato, quase 1/3 dos jogos por disputar. E no Campeonato de Portugal faltavam 9 jornadas e ainda o play-off de subida. E os outros dois primeiros são menos primeiros que os dois que subiram? Dá a sensação que era imperioso para a FPF colocar duas equipas na LigaPro, fazendo descer, ao mesmo tempo, dois clubes que foram impedidos de terminar o campeonato. E por que é que no Campeonato de Portugal não há descidas? O critério é só para a Liga 2? Esta
decisão é uma vergonha e viola claramente os princípios e ética do desporto e da própria sociedade. Gostava de ver se o Porto B e Benfica B ocupassem os lugares de descida se a decisão teria sido a mesma...
Está desmotivado para continuar como treinador de futebol?
- Claro que estou. Isto é brincar com a vida dos profissionais desta modalidade . Ainda não acredito nisto, os dois únicos clubes penalizados em Portugal foram o Cova da Piedade e o Casa Pia. E depois, querem calar os clubes oferecendo uns míseros euros em troca do seu silêncio. É chantagem pura. Uma atitude inqualificável destas duas personagens.
Que mensagem é que deixa ao homens do futebol em Portugal?
- Quero-lhes dizer que não é apenas necessário desinfectar a bola devido ao Covid/19, coitada da bola que não tem culpa nenhuma. É preciso, de uma vez por todas, desinfectar o futebol português, sobretudo dos interesses instalados há muitos anos. Defendi muitas vezes o meu País, com a camisola da seleção, e o prémio que me deram, aos 67 anos, foi esta decisão vergonhosa que prejudica e arrasa literalmente com um clube e com dezenas de profissionais e respectivas famílias. Um autêntico escândalo, promovido por um prepotente e por um subserviente com o beneplácito da sua respectiva corte dos “yes-man”, os dois protagonistas que, em conjunto, “cozinharam” de forma absurda, patética e nojenta o destino de dois clubes, sem lhes dar a oportunidade de competir até ao fim e apunhalando-os pelas costas. Confirma-se que são os “donos disto tudo”
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